Deputada critica declarações da secretária de educação do estado, Izolda Cela, que apontam para fim do diálogo entre governo e professores.
Na sessão plenária desta quarta-feira (23/11), a deputada Eliane Novais (PSB) ocupou a tribuna para criticar declarações da secretária da Educação do Estado, Izolda Cela, que foram publicadas na imprensa. A parlamentar citou a entrevista ao jornal O Povo, onde a titular da pasta informou sobre consultas jurídicas referentes a possibilidade de “substituição imediata” de professores ausentes nas aulas a partir de segunda-feira (28/11), argumentando que a categoria teve “tempo suficiente de negociações”.
A parlamentar ressaltou que as afirmações da secretária “incitam a greve”, e que o diálogo de negociações não pode ser quebrado. “Eu peço que Izolda Cela reconsidere e não quebre essa linha de negociação. Já vimos cenas ruins por conta dessa greve e, é importante que os profissionais possam negociar”, destacou a socialista.
Eliane levantou que as declarações podem ser confundidas como ameaças e assédio moral. “Recebi muitas denúncias de professores que não podem participar das assembleias de negociações por ameaças de serem penalizados. Eles lutam pela melhoria dos profissionais de educação e essa causa é justa”.
Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV) disse que a secretária Izolda Cela foi “infeliz” em suas colocações. “Ela não está preparada para o cargo que exerce. O que ela comunicou foi como colocar gasolina na fogueira”, criticou. Segundo o parlamentar, toda ação tem uma reação e essa “ameaça” vai ter uma resposta. “O professor quer uma proposta de conciliação e ameaças não adiantam. Não se pode punir quem busca melhorias e esta reivindicação é para o crescimento do Estado. A secretaria não vê isso porque é prepotente e mão de ferro”, assinalou.
O deputado Capitão Wagner (PR) também se pronunciou sobre o assunto. “Estas denúncias são graves. Estamos presenciando um caso de abuso de autoridade. Precisamos ficar atentos para se houver mais assédio, peprovidências cabíveis”, informou.
Fonte> ALEC/Asscom
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