quarta-feira, 12 de junho de 2019
Do mito aos pré-socráticos - Filosofia para o Enem - Prof. Otávio Augusto
Três consórcios de saúde no Ceará estão na mira de auditorias
A Controladoria-Geral do Estado do Ceará (CGE-CE) e o Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE) deram, nesta terça-feira (11), os primeiros passos para a realização de auditorias em consórcios de saúde do Estado. Os primeiros equipamentos a serem analisados serão os consórcios de Camocim, Iguatu e do Vale do Curu.
De acordo com Raimir Holanda, secretário de Controle Externo da Corte de Contas, o terceiro foi o único escolhido pelos dois órgãos. E o motivo foi seu tamanho. "Esse é o maior consórcio dos 21 que existem", declara. Ao todo, em 2018, foram empenhados R$ 106 milhões pelo Tesouro estadual para os consórcios.
Há ainda auditorias que serão realizadas a pedido da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. Conforme já mostrou o Diário do Nordeste, disputas políticas em torno dos consórcios motivaram série de requerimentos na Casa.
Os referentes a Camocim são de autoria dos deputados estaduais Romeu Aldigueri e Sérgio Aguiar, ambos do PDT, que disputam votos no município. Já em Iguatu, a briga pelo comando do consórcio levou ao rompimento político do deputado Agenor Neto (MDB) com o presidente do equipamento e atual prefeito de Jucás, Luna Neto (PDT).
Dois tipos
As duas entidades realizarão tipos diferentes de trabalho. O TCE-CE fará a chamada "auditoria de conformidade" nas contas dos consórcios desde 2014. "Tem como propósito analisar se os atos que estão sendo praticados estão em absoluta conformidade com as normas", explica Raimir Holanda. Já a CGE-CE executará a "auditoria de processos".
"Pretendemos oferecer sugestões de melhorias de processos e de como otimizar a questão operacional e de gestão dos consórcios", afirma Marconi Lemos, secretário-executivo da CGE-CE. Resumidamente, enquanto a auditoria de conformidade analisará a forma, a de processos será voltada ao conteúdo.
Ainda não há prazo para a conclusão dos trabalhos. De acordo com Raimir, apenas na próxima semana, em uma nova reunião, deverá ser definido um cronograma. As auditorias não serão simultâneas. Ou seja, cada consórcio será analisado separadamente e, apenas após a conclusão, serão iniciados os trabalhos do próximo equipamento. O de Camocim será o primeiro a ser auditado e o do Vale do Curu, o último.
Transparência
Como mostrou o Diário do Nordeste nesta semana, desde, pelo menos, 2014, o TCE-CE queixa-se, nos relatórios técnicos das contas do Governo do Estado, de problemas nas prestações de contas dos consórcios de saúde. "Restou evidente a falha na classificação orçamentária das transferências aos Consórcios Públicos pelo Estado e que a maioria dos Consórcios não apresentou as informações de forma individualizada por Ente Consorciado", aponta o relatório técnico daquele ano.
No de 2018, recentemente aprovado, não foi diferente. "A disponibilização dos demonstrativos é deficiente e quando existe ainda é incompleta", diz o parecer da Corte aprovado no fim de maio.
O documento mostrou que nenhum consórcio disponibilizou em seu site todo os documentos necessários para a prestação de contas: os relatórios de Gestão Fiscal (RGF), Resumido de Execução Orçamentária e Financeira (RREO), orçamento previsto e o contrato de rateio do consórcio, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Dos 21 consórcios, sete não disponibilizaram nenhum documento. Entre eles, Canindé, cujo site estava em manutenção.
D.N
quarta-feira, 5 de junho de 2019
ETELVINA NO ENEM – FILOSOFIA – PROF° DANÚSIO ALMEIDA
1. (UEL – 2007) “Há, porém, algo de
fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu
problema último – da origem e essência das coisas – as observações empíricas
que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como
no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes
do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W.Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira
. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.
no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes
do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W.Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira
. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar:
A) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da
religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
B) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento
plenamente racional desde as suas origens.
C) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
D) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do
mito para se expressar.
E) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa filosófica.
2. ENEM – 2012 - A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz
de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa
proposição anuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um. NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In:
Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia
entre os gregos?
A) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos
sensíveis em verdades racionais.
B) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das
coisas.
C) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das
coisas existentes.
D) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as
coisas.
E) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que
existe no real.
3. (ENEM 2015) Se os nossos adversários, que admitem a
existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem,
quisessem
admitir
que essas considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias,
como a de atribuir a Deus tanto a autoria dos bens
quanto dos males. Pois sendo
Ele fonte suprema de Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à
sua natureza.
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo,
2005 (adaptado).
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque
A) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
B) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
C) Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
D) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
E) Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o
mal.
4. ENEM 2012 - Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da
qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu
entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas
na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem.
Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do
esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão
grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma
condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a
vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes,
1985 (adaptado)
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a
compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido
empregado por Kant, representa
A) Reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão
da maioridade.
B) O exercício da
racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
C) A imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma
heterônoma.
D) A compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de
entendimento.
E) A emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela
própria razão.
5. ENEM 2015 - Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino
biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio
da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto
intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. Beaouvoir,
S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Na década
de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um
movimento social que teve como marca o (a):
A) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
B) Pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de
trabalho.
C) Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de
gênero.
D) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homo
afetivos.
E) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações
afirmativas.
6. René Descartes tornou-se famoso pela frase “Cogito, ergo sum”
(penso logo existo), pilar fundamental da filosofia:
A) Racionalista.
B) Fenomenológica. C) Teocêntrica.
D) Empirista. E) Liberal.
7. Enem (2013)
TEXTO I
“Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos,
recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu
fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e
incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me
de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a
fim de estabelecer um saber firme e inabalável.” (DESCARTES, R. Meditações
concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973)
(adaptado).
TEXTO II
“É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do
próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer
certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria
dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente
varridas por essa mesma dúvida.” (SILVA, F. L. Descartes: a metafísica
da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001). (adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para
viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se:
A) retomar o método da tradição para edificar a ciência com
legitimidade.
B) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
C) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
D) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e
ultrapassados.
E) encontrar idéias e pensamentos evidentes que dispensam ser
questionados.
8. ENEM 2013 - Na produção social que os homens realizam, eles entram em
determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais
relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das
suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a
estrutura econômica da sociedade – funda - mento real, sobre o qual se erguem
as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas
formas de consciência social. MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política.
In. MARX, K. ENGELS F. Textos 3. São Paulo. Edições Sociais, 1977 (adaptado).
(Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema
capitalista faz com que
A) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.
B) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material.
C) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso
humano.
D) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento
econômico.
E) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência
de classe.
“ A FILOSOFIA É A MÃE
DE TODAS AS CIÊNCIAS ”
GABARITO
1. C
2. D
3. D
4. A
5. C
6. A
7. B
8. B
PROFESSOR DANÚSIO ALMEIDA
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