terça-feira, 28 de maio de 2013

Decisão judicial proíbe UVA de cobrar taxas de alunos

Segundo MPF, consta no artigo 222 da Constituição do Estado do Ceará que uma fundação com personalidade de direito público criada e mantida pela Administração estadual não poderá cobrar taxas e custeios de seus alunos

Uma decisão da Justiça Federal proibiu a Universidade Vale do Acaraú (UVA) de cobrar taxas, mensalidades ou qualquer custeio de seus alunos matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação. A instituição também não poderá mais firmar convênios com instituições privadas de ensino superior. A decisão judicial teve por base ação civil pública ajuizada em junho de 2009 pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE), em parceria com o Ministério Público Estadual (MP/CE).

O POVO Online tentou contato com a pró-reitora da UVA, professora Fátima Lúcia, mas foi informado de que ela estaria em reunião. No entanto, a assessoria de comunicação adiantou que a instituiação ainda não foi oficialmente informada sobre a decisão, até a tarde desta terça-feira, 28.

De acordo com o MPF, a Universidade montou um esquema ilegal de parceria com entidades privadas. Com isto, ela cobrava taxas de alunos. A UVA obteve autorização indevida para que passasse a cobrar, ilegalmente, as taxas de alunos dos cursos de graduação e extensão, mesmo sendo uma universidade pública, mantida pelo Estado do Ceará. 

A cobrança, segundo a denúncia, era feita por meio de esquema de parceria firmada de forma ilegal com instituições de ensino superior sem autorização da União. Além disto, a instituição também atuava ilegalmente ao prestar serviços educacionais fora do Ceará, por meio de convênios firmados de forma irregular com instituições privadas de ensino de outros Estados.

O esquema 

Segundo o procurador da República Alessander Sales, para burlar a proibição da cobrança de taxas aos alunos, a UVA alterou, indevidamente, a sua personalidade jurídica estabelecida na Constituição do Estado, passando a se identificar como "pessoa jurídica de direito privado", e não como instituição pública. Quando fundada, porém, a Universidade foi constituída como entidade de direito público, e, segundo o procurador, jamais poderia ter sua natureza jurídica alterada.

"A instituição age de forma absolutamente irregular e contrária ao ordenamento jurídico pátrio ao se beneficiar de todos os privilégios legais concedidos aos dois tipos de personalidade: público e privado", detalha trecho da ação civil pública, também assinada pela promotora de Justiça Elizabeth Maria Almeida de Oliveira.

Além de cobrar as taxas indevidas dos alunos, a UVA ainda firmou convênios com institutos privados que atuam sem autorização da União. 
Redação O POVO Online

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SOCIOLOGIA – 3º ANO - CULTURA E SOCIEDADE


EEM ETELVINA BEZERRA
SOCIOLOGIA – 3º ANO – PROFESSOR DANÚSIO ALMEIDA
Cultura e Sociedade
Cultura, de forma bastante geral, pode ser definida como “a parte do ambiente feita pelo homem”. Essa definição, elaborada pelo antropólogo Melville Herkovits, nos traz um elemento fundamental para pensarmos as questões ligadas à dimensão sóciohistórica da humanidade: o fato de que o que entendemos por cultura ser, fundamentalmente, algo construído pelos seres humanos. A dimensão cultural, portanto, não é algo dado, natural, mas uma intervenção ampla dos seres humanos naquilo que conhecemos por natureza. Como somos seres vivos, partimos, obviamente, de nossa condição biológica, dependente do meio natural; entretanto, essa mesma condição é constantemente modificada pela tecnologia (entendida aqui em seu sentido
amplo) e pelo trabalho humanos. É bom lembrar, também, que a noção de cultura envolve tanto uma dimensão material, ligada a instrumentos e objetos (de brinquedos a chaves de fenda, passando pelo vestuário e também pelos alimentos que consumimos), como uma dimensão não material (as visões de mundo, as formas e padrões de comportamento, as diversas religiões). Também é importante colocar que essas dimensões não são isoladas e se relacionam a todo momento. Assim, há um fator importantíssimo, quando falamos em cultura, que é pensá-la como um elemento das sociedades humanas que articula o aspecto material e o aspecto simbólico.
Um exemplo bastante simples e facilmente observável é o uso do vestuário. Usamos as roupas por pelo menos três motivos, em maior ou menor grau: a necessidade de proteção (em áreas do mundo ou situações em que isso seja necessário), o desejo de enfeitar-nos e o pudor (a vergonha em relação à nudez pública).
No entanto, há regras para o uso das diversas formas de vestuário dependendo da situação ou contexto em que nos encontremos: no Brasil, não podemos (ou não devemos) ir a um casamento ou formatura em trajes de banho (e provavelmente mesmo que cerimônias estejam sendo realizadas em uma praia). O que determina essa atitude é o significado atribuído socialmente a esta ou aquela forma de vestuário, para além do fato de ser esteticamente interessante ou cobrir nossa nudez.
Assim, tão importante — ou mais até — que a utilidade concreta de um objeto ou utensílio cultural, é o sentido simbólico atribuído a ele. Dessa forma, ao vivermos em sociedade, partilharmos objetos, sentimentos e símbolos através dos quais construímos uma ideia de identidade. A partir desse raciocínio, podemos problematizar a noção de identidade cultural, no sentido de ampliá-la e verificar como essa visão ampliada pode ser útil no entendimento da diversidade constitutiva de todas as sociedades. O antropólogo norte-americano Ralph Linton, escrevendo sobre a difusão cultural, no livro O homem: uma introdução à antropologia, afirma que, na grande maioria das sociedades humanas, a maior parte das invenções e descobertas partilhadas tem origem em sociedades diferentes, ou seja, muitas vezes o que chamamos de “típico” ou “comum” em termos culturais pode ter tido origem em outro país ou sociedade. Num trecho bastante interessante, escreve Linton que a vida cotidiana de um cidadão norte-americano “típico” contém elementos de outras sociedades: o papel, inventado na China; o vidro, originário do Egito; os talheres, inventados na Índia e na Europa; a imprensa, processo inventado na Alemanha; o inglês é uma língua indo-europeia e o Deus cristão, uma divindade de origem hebraica.
Dessa exposição podemos depreender, de um lado, que a diversidade e a diferença são elementos constitutivos das culturas humanas e que as formas de preconceito cultural são, dessa forma, uma manifestação clara da ignorância dos processos históricos e das trocas culturais. Por outro lado, podemos verificar também que a noção de identidade cultural, como uma forma de perten- cimento a esta ou àquela sociedade específica é assim, como nos diz ainda outro antropólogo, o professor Renato Ortiz, uma “construção simbólica”, ou seja, um recorte de elementos aos quais atribuímos um sentido de nacionalidade e que pode ser modificado ao longo do tempo. É só lembrarmos que no Brasil o samba, que já foi um gênero musical ligado à marginalidade e à “malandragem”, transformou-se em um dos símbolos nacionais. E assim, hoje, “quem não gosta, de samba, bom sujeito não é”. Cultura, diferença e identidade. Caio Aguilar Fernandes Professor de sociologia no ensino médio
Disponível em: http://www.sejaetico.com.br/
Questões
01. Segundo o texto, elementos culturais advindos de outras sociedades podem ser ressignificados e tornar-se parte da cultura de uma sociedade, ou de um segmento desta. O rap, gênero musical surgido a partir de trocas culturais entre Jamaica e Estados Unidos, pode ser considerado, hoje, parte da cultura brasileira? Por quê?

02. Comente a polarização entre cultura popular e cultura erudita.

03. Diferencie cultura material e imaterial

Cultura e Ideologia
A alienação social se exprime numa “teoria” do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida.
Um exemplo desse senso comum aparece no caso da “explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa (preguiça, ignorância) ou por vontade divina ou por inferioridade natural. Esse senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade — sacerdotes, filósofos. cientistas, professores, escritores, jornalistas, artistas — , que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é a classe dominante de sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as opiniões e as ideias de uma das classes sociais — a dominante e dirigente — tornam-se o ponto de vista e a opinião de todas as classes e de toda a sociedade.
A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da ideia de “humanidade”, ou da ideia de “nação” e “pátria”, ou da ideia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc.
A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias.
Por exemplo, a ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas é inferior aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados como inferiores; os homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc. A maioria, porém, acredita que o fato de ser eleitor, pagar as dívidas e contribuir com os impostos já nos faz cidadãos, sem considerar as condições concretas que fazem alguns serem mais cidadãos do que outros. A função da ideologia é impedirnos de pensar nessas coisas.
(CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2003, p. 174-5)
Questões

01. O texto acima trata do conceito de ideologia segundo a perspectiva de Karl Marx. Defina esse conceito de ideologia.

02. “A ideologia é uma forma de alienação.” Comente essa afirmação.

03. Explique a relação entre a ideologia e os meios de comunicação.

SIMULADO DE FILOSOFIA - QUESTÕES DE POLÍTICA – 3º Ano


EEM ETELVINA BEZERRA

Professor Danúsio ALMEIDA

SIMULADO DE FILOSOFIA - QUESTÕES DE POLÍTICA – 3º Ano

1. (UEL) “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. De Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:
a) É instituída por uma convenção entre os homens.
b) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.

2. (UFSM-PEIES) “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessam, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca serviram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar.” (O Príncipe, de Maquiavel.) Nessa passagem, Maquiavel mostra que o domínio das ações humanas, no qual está incluída a política, deve ser concebido sob uma perspectiva realista.
Sobre essa maneira de conceber a política, é possível afirmar:
I. A política deve sempre ser pensada a partir de modelos ideais e da busca de soluções definitivas.
II. A política deve valorizar as experiências e os acontecimentos.
III. Concebe-se que a política deve se regular pelo modo como vivemos e não como deveríamos viver.
IV. Defende-se que a política deve ser orientada por valores universais e crenças sobre como deveria ser a vida em sociedade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e II apenas.
b) I, II e II apenas.
c) II e III apenas.
d) III e IV apenas.
e) IV apenas.
3. (UFU) Muito citado, Nicolau Maquiavel é um dos maiores expoentes do Renascimento e sua contribuição determinou novos horizontes para a filosofia política.
 A respeito do seu conceito de virtú, analise as assertivas abaixo.
I. A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal.
II. O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu êxito.
III. Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-las a seu favor.
IV. Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algo que não depende dos fatores históricos.
Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras.
a) I, II, e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
4. (UEL) “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e conseqüentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.” (HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.
I. Todos os homens são igualmente vulneráveis à violência diante da ausência de uma autoridade soberana que detenha o uso da força.
II. Em cada ser humano há um egoísmo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a própria sobrevivência.
III. A competição e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social.
IV. O homem é naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmônica entre seus pares.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
5. (UFU) Thomas Hobbes escreveu que:
Uma lei de natureza (lex naturalis) é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la”. (HOBBES, Thomas. Leviatã, São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção “Os Pensadores”.p.79).
Assinale a alternativa correta.
a) A condição natural do homem é a perfeita harmonia em relação ao seu semelhante.
b) A lei primeira e fundamental da natureza é procurar a paz e segui-la.
c) No estado de natureza, os homens são governados pela razão divina.
d) No estado de natureza, o homem não tem direito a todas as coisas, por isso, ele tem segurança.
6. (UFSM) Na citação: “- Chama-se gato uma ligação elétrica clandestina entre a rede e uma residência. Usualmente, o gato infringe normas de segurança, porque é feito de pessoas não-especializadas. O choque elétrico, que pode ocorrer devido a um gato malfeito, é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo humano – ”.
Observamos no trecho um problema de ordem política e econômica. Considere a teoria política hobbesiana, que afirma:
Onde não há propriedade não pode haver injustiça e onde não foi estabelecido um poder coercitivo, isto é, onde não há Estado, não há propriedade, pois todos os homens têm direito a todas as coisas”
Assim, a prática dos “gatos”, uma vez que vivemos sob o regime de um Estado, implíca uma
I. injustiça porque lesa o direito à propriedade privada.
II. injustiça porque as ligações clandestinas representam um perigo para as pessoas.
III. ilegalidade por desobedecer à legislação do Estado sobre a propriedade privada.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) apenas I e III

7. (UFU) De acordo com Rousseau, “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleção Os Pensadores. p.36.)
Sobre a passagem do estado de natureza para o estado civil, é correto afirmar que:
a) o homem mantém a liberdade natural e o direito irrestrito, e ainda ganha uma moralidade muito particular guiada pelo seu puro apetite.
b) o homem perde a liberdade natural e o direito à propriedade, mas adquire a obrigação de seguir sua própria vontade.
c) o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado, mas ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
d) o homem mantém a liberdade natural e o direito ilimitado, mas abdica da liberdade civil em favor da liberdade moral.

SIMULADO DE FILOSOFIA - QUESTÕES DE POLÍTICA



1. (UEL) “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. De Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:
a) É instituída por uma convenção entre os homens.
b) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.
Para os gregos polis é a Cidade entendida como a comunidade organizada formada pelos cidadãos, isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar). Para Aristóteles, “O homem é naturalmente um animal racional e político, destinado a viver em sociedade”. Resposta Correta: B


2. (UFSM-PEIES) “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessam, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca serviram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar.” (O Príncipe, de Maquiavel.) Nessa passagem, Maquiavel mostra que o domínio das ações humanas, no qual está incluída a política, deve ser concebido sob uma perspectiva realista.
Sobre essa maneira de conceber a política, é possível afirmar:
I. A política deve sempre ser pensada a partir de modelos ideais e da busca de soluções definitivas.
II. A política deve valorizar as experiências e os acontecimentos.
III. Concebe-se que a política deve se regular pelo modo como vivemos e não como deveríamos viver.
IV. Defende-se que a política deve ser orientada por valores universais e crenças sobre como deveria ser a vida em sociedade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e II apenas.
b) I, II e II apenas.
c) II e III apenas.
d) III e IV apenas.
e) IV apenas.
Maquiavel rechaça a moral cristã como fundamento e finalidade da política. Para ele, o governante, se necessário, deve ser cruel e fraudulento para obter e se manter o poder “Os fins justificam os meios.”. Tratava-se de uma ideologia que pregava o relativismo da ética e da moral. Maquiavel entendia o mundo político e o descreveu como ele realmente é. - Não acredita na existência de um bom governo, encarnada na figura de um governante virtuoso. - A virtuosidade do governante esta em bem administrar e comandar o Estado. Resposta Correta: C

3. (UFU) Muito citado, Nicolau Maquiavel é um dos maiores expoentes do Renascimento e sua contribuição determinou novos horizontes para a filosofia política.
 A respeito do seu conceito de virtú, analise as assertivas abaixo.
I. A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal.
II. O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu êxito.
III. Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-las a seu favor.
IV. Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algo que não depende dos fatores históricos.
Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras.
a) I, II, e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
Segundo Maquiavel, a virtù seria a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. Ela seria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. A ideia de fortuna vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos, tanto para bem comopara o mal. Resposta Correta: B


4. (UEL) “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e conseqüentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.” (HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.
I. Todos os homens são igualmente vulneráveis à violência diante da ausência de uma autoridade soberana que detenha o uso da força.
II. Em cada ser humano há um egoísmo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a própria sobrevivência.
III. A competição e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social.
IV. O homem é naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmônica entre seus pares.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
O estado de natureza foi uma situação hipotética criada para tentar explicar a situação na qual seriam encontrados os homens antes de se organizarem em sociedade, antes de qualquer regramento social. Segundo Hobbes, no estado natural, enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros e nenhum se erguem tão acima dos demais por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um teria direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existia uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra (buscar a paz), o homem não é dado à sociabilidade, “O homem é o lobo do homem” e por isso formam sociedades através de um contrato social. Resposta Correta: A


5. (UFU) Thomas Hobbes escreveu que:
Uma lei de natureza (lex naturalis) é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la”. (HOBBES, Thomas. Leviatã, São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção “Os Pensadores”.p.79).
Assinale a alternativa correta.
a) A condição natural do homem é a perfeita harmonia em relação ao seu semelhante.
b) A lei primeira e fundamental da natureza é procurar a paz e segui-la.
c) No estado de natureza, os homens são governados pela razão divina.
d) No estado de natureza, o homem não tem direito a todas as coisas, por isso, ele tem segurança.
Hobbes destaca que no estado de natureza os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra (buscar a paz) e por isso formam sociedades entrando num contrato social. Resposta Correta: B

6. (UFSM) Na citação: “- Chama-se gato uma ligação elétrica clandestina entre a rede e uma residência. Usualmente, o gato infringe normas de segurança, porque é feito de pessoas não-especializadas. O choque elétrico, que pode ocorrer devido a um gato malfeito, é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo humano – ”.
Observamos no trecho um problema de ordem política e econômica. Considere a teoria política hobbesiana, que afirma:
“Onde não há propriedade não pode haver injustiça e onde não foi estabelecido um poder coercitivo, isto é, onde não há Estado, não há propriedade, pois todos os homens têm direito a todas as coisas”
Assim, a prática dos “gatos”, uma vez que vivemos sob o regime de um Estado, implíca uma
I. injustiça porque lesa o direito à propriedade privada.
II. injustiça porque as ligações clandestinas representam um perigo para as pessoas.
III. ilegalidade por desobedecer à legislação do Estado sobre a propriedade privada.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas I e III
Segundo Hobbes, os indivíduos no estado de natureza têm direito a tudo e, uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, através de uma espécie de contrato social eles passam a constituir um corpo político onde são a favor de um soberano, que pode ser  um rei absoluto que cria as leis e governa como quer, porém é possível alcançar progresso e a propriedade privada é um direito civil onde o estado civil garante a segurança da mesma. Resposta Correta: E

7. (UFSM) “A história oficial nos faz acreditar que os portugueses, ao desembarcarem no Brasil, encontraram um Éden terrestre, pleno de florestas intocadas, fauna abundante, praias paradisíacas. Um lugar onde os bons selvagens reinariam em plena sintonia com a natureza”. (National Geographic, maio 2007. p. 60).
A ideia de “bons selvagens” contraria a tese de que:
I. o homem é bom por natureza, à sociedade o corrompe.
II.  o homem é mau por natureza, vivendo em permanente guerra de todos contra todos.
III.  todos por natureza, são livres e iguais.
Está(ão) correta(s):
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e II apenas.
e) I, II e III.

Para Rousseau no estado de natureza, não há lutas, os homens se comunicam por gestos, gritos generosos, o homem é um bom selvagem que nasce livre com impulsos irrestritos. Eles criam o estado civil por livre associação, convenção e deliberadamente resolvem formar certo tipo de sociedade à qual passam a prestar obediência mediante o respeito à vontade geral. Mas, a criar um conjunto de forças e leis para se protegerem estas lhes castra a liberdade e o homem perde a liberdade natural ilimitada e ganha a liberdade moral (civil). Resposta Correta: B

8. (UFU) De acordo com Rousseau, “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleção Os Pensadores. p.36.)
Sobre a passagem do estado de natureza para o estado civil, é correto afirmar que:
a) o homem mantém a liberdade natural e o direito irrestrito, e ainda ganha uma moralidade muito particular guiada pelo seu puro apetite.
b) o homem perde a liberdade natural e o direito à propriedade, mas adquire a obrigação de seguir sua própria vontade.
c) o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado, mas ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
d) o homem mantém a liberdade natural e o direito ilimitado, mas abdica da liberdade civil em favor da liberdade moral.
Segundo Rousseau, os homens  formam o estado civil, pela livre associação/convenção, e passam a prestar obediência mediante o respeito à vontade geral (como a maioria definiu). Mas, a criar um conjunto de forças e leis para se protegerem estas lhes castra a liberdade e o homem perde a liberdade natural ilimitada e ganha a liberdade moral  (ganha a regra/norma/lei) e o Estado garante à propriedade privada através das leis. Resposta Correta: C


9. (UFSM) Os comunitaristas enfatizam o bem comum, não os direitos e liberdades dos indivíduos. “Afirmam que a promoção constante da escolha individual muitas vezes prejudica o interesse público”. (Stephen Law, 2008.)
Na posição defendida pelo comunitarismo, herdeiro direto do aristotelismo, o papel do Estado, conforme Stephen Law, consiste em promover
I. o bem comum como critério primeiro das escolhas individuais.
II. as escolhas individuais como meio para alcançar o interesse público.
III. constantemente as liberdades individuais como motivadoras do bem comum.
Está(ão) correta(s)
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
Para os comunitaristas há um tipo de moralidade baseada nas práticas das comunidades realmente existentes. Eles optam pelos valores comunitários, o que acarreta em um tipo de sociedade que não é governada pela imparcialidade de instituições, mas sim pelo bem comum. A fonte ética central dos comunitaristas é a comunidade e seus valores e não o indivíduo racional e universal. O indivíduo tem obrigações éticas para com a finalidade social, deve viver para a sua comunidade organizada em torno de uma só ideia substantiva de bem comum. Resposta correta: A

Simulado SPAECE Filosofia e Sociologia – Professor Danúsio ALMEIDA



A caixa de madeira

Em pleno mercado público, em dia de feira, aproveitou-se um candidato a vereador em sua cidade para fazer um comício de improviso. Subiu rapidamente num caixote de madeira que ali estava e começou a soltar o verbo!
Mas, para sua surpresa, o povão que ali estava não ligou nadinha pra o que ele falava, desprezando-o.
O político, observando o esvaziar de pessoas à sua frente, ficou vermelho de vergonha e raiva.
Prestando mais atenção viu que todos se foram, com exceção de um homem, que se mantinha ali na sua frente, de braços cruzados, o olhando fixamente.
Tal foi sua admiração pela postura do homem que se sentiu na obrigação de lhe agradecer e, assim, lhe dirigiu a seguinte pergunta:
- Meu amigo, você merece tudo de mim! Você, sim, merece meu respeito e minha consideração! Peça o que quiser meu rapaz que lhe darei tudo que for possível!
No que o homem responde:
- Doutor, eu só quero mesmo é que você me devolva a minha caixa de madeira promo'deu ir m'imbora c'as minhas verdura!

1. O político ficou vermelho de vergonha e de raiva porque:
(A)as pessoas cruzaram os braços (B)as pessoas estavam o observando
(C)as pessoas saíram do local (D)ele recebeu muitas vaias
(E)todos o escutaram


2. O uso da expressão “soltar o verbo” tem o sentido de
(A)falar alto
(B)falar baixo
(C)falar muito
(D)falar pouco


Veja!
Não diga que a canção Está perdida Tenha fé em Deus Tenha fé na vida Tente outra vez!...
Beba! (Beba!)
Pois a água viva Ainda tá na fonte (Tente outra vez!) Você tem dois pés Para cruzar a ponte Nada acabou! Não! Não! Não!...
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente! Levante sua mão sedenta E recomece a andar Não pense Que a cabeça agüenta Se você parar Não! Não! Não! Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança Uma voz que gira (Gira!) Bailando no ar Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero E desejar profundo Você será capaz De sacudir o mundo Vai! Tente outra vez! Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga Que a vitória está perdida Se é de batalhas Que se vive a vida Han! Tente outra vez!... (Raul Seixas)

3. Da expressão “Pois a água viva ainda tá na fonte” podemos depreender que
(A)a água viva chegará à fonte (B)a água viva já acabou
(C)a água viva permanece na fonte (D)a água viva poderá acabar
O pião
Um filósofo costumava circular onde brincavam crianças. E se via um menino que tinha um pião já ficava à espreita. Mal o pião começava a rodar, o filósofo o perseguia com a intenção de agarrá-lo. Não o preocupava que as crianças fizessem o maior barulho e tentassem impedi-lo de entrar na brincadeira; se ele pegava o pião enquanto este ainda girava, ficava feliz, mas só por um instante, depois atirava-o ao chão e ia embora. Na verdade, acreditava que o conhecimento de qualquer insignificância, por exemplo, o de um pião que girava, era suficiente ao conhecimento do geral. Por isso não se ocupava dos grandes problemas - era algo que lhe parecia antieconômico. Se a menor de todas as ninharias fosse realmente conhecida, então tudo estava conhecido; sendo assim só se ocupava do pião rodando. E sempre que se realizavam preparativos para fazer o pião girar, ele tinha esperança de que agora ia conseguir; e se o pião girava, a esperança se transformava em certeza enquanto corria até perder o fôlego atrás dele. Mas quando depois retinha na mão o estúpido pedaço de madeira, ele se sentia mal e a gritaria das crianças - que ele até então não havia escutado e agora de repente penetrava nos seus ouvidos - afugentava-o dali e ele cambaleava como um pião lançado com um golpe sem jeito da fieira.
4.De acordo com o texto, o interesse do filósofo era
(A)atrapalhar a brincadeira das crianças (B)divertir-se com a brincadeira de peão dos garotos
(C)manter o giro do peão para sempre (D)usar o giro do peão como instrumento de observação
Oração do Internauta
Satélite nosso que estais no céu,
acelerado seja o vosso link,
venha a nós o vosso host,
seja feita vossa conexão,
assim em casa como no trabalho.
O download nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai nosso tempo perdido no Chat,
assim como nós perdoamos os banners de nossos provedores.
Não deixeis cair a conexão e livrai-nos do Spam.
Amém!

5. A partir da leitura do texto, pode-se dizer que ele apresenta uma sequência
(A)apelativa
(B)argumentativa
(C)descritiva
(D)narrativa
(E)injuntiva

6. Normalidade II - Quino




Disponível em: http://www.filosofia.com.br/figuras/charge/49.jpg. Acesso em: 26 mar. 2009.

"Eu não vou mais precisar de muita força, vou usar todas as que tenho agora" - ele pensou. E ele se lembrou das moscas que rebentam suas perninhas ao tentarem escapar do mata-moscas.

KAFKA, Franz.
O processo. Porto Alegre: L & PM Pocket, 2007. p. 258. (Fragmento).

O Controle Social pode ser tomado como um conjunto de penalidades e aprovações, chamadas também de sanções. Estas são aplicadas aos indivíduos pela sociedade para assegurar a conformidade das condutas aos modelos estabelecidos. A imagem e o texto destacam aspectos relativos

(A) à garantia de liberdade coletiva pelo uso da força.
(B) aos anseios idealistas utópicos perante as convenções sociais.
(C) à natureza imitadora da maioria dos indivíduos diante das instituições sociais.
(D) à possibilidade de reação e reversão de processos condicionantes.
(E) às relações de poder presentes nas sociedades.
7. Em fevereiro de 1999, o Seminário Internacional sobre Direito Ambiental, ocorrido em Bilbao, na Espanha, propôs, na Declaração de Viscaia, a extensão dos direitos humanos ao meio ambiente, como instrumento de alcance universal. No parágrafo 3.o do artigo 1.o da referida declaração, fica estabelecido: "O direito ao meio ambiente deverá ser exercido de forma compatível com os demais direitos humanos, entre os quais o direito ao desenvolvimento". No Brasil, o cumprimento desse direito configura um grande desafio. Na Região Amazônica, por exemplo, tem havido uma coincidência entre as linhas de desmatamento e as novas fronteiras de desenvolvimento do agronegócio, marcadas por focos de injustiça ambiental, com frequentes casos de escravização de trabalhadores, além de conflitos e crimes pela posse de terras, muitas vezes, impunes.Disponível em: http://www.unicen.com.br/universoverde. Acesso em: 9 maio 2009. (com adaptações).

Promover justiça ambiental, no caso da Região Amazônica brasileira, implica

(A) fortalecer a ação fiscalizadora do Estado e viabilizar políticas de desenvolvimento sustentável.
(B) ampliar o mercado informal de trabalho para a população com baixa qualificação profissional.
(C) incentivar a ocupação das terras pelo Estado brasileiro, em face dos interesses internacionais.
(D) promover alternativas de desenvolvimento sustentável, em razão da precariedade tecnológica local.
(E) ampliar a importância do agronegócio nas áreas de conflito pela posse de terras e combater a violência no campo.

A economia solidária foi criada por operários, no início do capitalismo industrial, como resposta à pobreza e ao desemprego que resultavam da utilização das máquinas, no início do século XIX. Com a criação de cooperativas (de produção, de prestação de serviços, de comercialização ou de crédito), os trabalhadores buscavam independência econômica e capacidade de controlar as novas tecnologias, colocando-as a serviço de todos os membros da empresa. Essa ideia persistiu e se espalhou: da reciclagem ao microcrédito, já existem milhares de empreendimentos desse tipo hoje em dia, em várias partes do mundo. Na economia solidária, todos os que trabalham são proprietários da empresa. Trata-se da possibilidade de uma empresa sem divisão entre patrão e empregados, sem busca exclusiva pelo lucro e mais apoiada na qualidade do que na quantidade de trabalho, em convivência com a economia de mercado. SINGER, Paul. A recente ressurreição da economia solidária no Brasil. Disponível em: http://www.cultura.ufpa.br/itcpes/documentos/ecosolv2.pdf. Acesso em: 23 mar. 2009. (com adaptações).

8. A economia solidária, no âmbito da sociedade capitalista, institui complexas relações sociais, demonstrando que
(A) a fraternidade entre patrões e empregados, comum no cooperativismo, tem gerado soluções criativas para o desemprego desde o início do capitalismo.
(B) a rejeição ao uso de novas tecnologias torna a empresa solidária mais ecologicamente sustentável que os empreendimentos capitalistas tradicionais.
(C) a prosperidade do cooperativismo, assim como a da pirataria e das formas de economia informal, resulta dos benefícios do não pagamento de impostos.
(D) as contradições inerentes ao sistema podem resultar em formas alternativas de produção.
(E) o modelo de cooperativismo dos regimes comunistas e socialistas representa uma alternativa econômica adequada ao capitalismo.
9. A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto "Comunidades Negras de Santa Catarina", que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14256&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia. Acesso em: 1 jun. 2009. (com adaptações).

O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que

(A) as referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica se restringe aos brancos.
(B) a preservação dos saberes das comunidades afrodescendentes constitui importante elemento na construção da identidade e da diversidade cultural do País.
(C) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com proibição de alterações em seus costumes.
(D) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo.
(E) a permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econômico da região.

Selecionado por Danúsio ALMEIDA

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Educação em São Paulo - 44% dos docentes estaduais dizem que já foram agredidos em São Paulo

Cerca de 44% dos professores estaduais paulistas já sofreram algum tipo de violência nas escolas em que lecionam. É o que revela uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgada ontem. As agressões verbais são mais frequentes do que as físicas: 39% contra 5%.

O levantamento foi preparado pelo Data Popular, de 18 de janeiro a 5 de março deste ano, com 1.400 docentes da rede estadual de 167 cidades de São Paulo. Mostra ser alto o porcentual de professores que pelo menos já ouviram sobre algum caso de violência nas escolas em que lecionam: 84%. Entre as agressões mais comuns, estão agressão verbal, 74%; bullying, 60%; vandalismo, 53%; e física, 52%.

Para 95% dos docentes, os estudantes são os principais autores dessa violência. Segundo eles, o alunos agressores estão constantemente sob o efeito de drogas, 42%; portando armas brancas, 15%; e até mesmo armamentos de fogo, 3%. Três a cada 10 profissionais do ensino já presenciaram tráfico de drogas ou alunos embriagados.

As ameaças e os bens danificados pelo corpo discente são tão frequentes que 39% dos docentes acham comum vivenciar essas situações. Para eles, a falta de educação e de respeito dos alunos é a principal causa da violência nas escolas e os pais são quem melhor podem colaborar na redução dessa violência.

A enquete concluiu que as escolas apresentando campanha contra a violência têm porcentual menor de agressões: 41% contra 51% onde nunca promoveram campanhas. A cada 10 unidades, quatro não apresentam projetos.

Uma das medidas anunciadas na quarta-feira pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), para coibir ações violentas nas escolas é rejeitada pela maioria dos professores. Atualmente, 1.577 unidades de ensino e 20 sedes de diretorias da Região Metropolitana já têm vigilância. O sistema será expandido para mais 597 escolas e oito regionais até o fim deste ano, segundo o governo. Mas, para só 4% dos docentes, esse sistema de monitoramento reduz de fato a violência. (das agências)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pastor Marcos Pereira é apoiado por Pastor Marco Feliciano!

Esse é Marcos Pereira, aliado de Marco Feliciano, preso nesta terça feira denunciado por estupro e também acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.

Marco Pereira esteve na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para apoiar a escolha de Feliciano para presidência da Comissão. Foi anunciado com pompas e circunstância!

Leia a defesa que Feliciano fez de Marcos Pereira, assim que as primeiras denuncias contra ele apareceram:http://www.marcofeliciano.com.br/blog/index.php/perseguicao-religiosa/

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