sexta-feira, 10 de maio de 2013

Educação em São Paulo - 44% dos docentes estaduais dizem que já foram agredidos em São Paulo

Cerca de 44% dos professores estaduais paulistas já sofreram algum tipo de violência nas escolas em que lecionam. É o que revela uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgada ontem. As agressões verbais são mais frequentes do que as físicas: 39% contra 5%.

O levantamento foi preparado pelo Data Popular, de 18 de janeiro a 5 de março deste ano, com 1.400 docentes da rede estadual de 167 cidades de São Paulo. Mostra ser alto o porcentual de professores que pelo menos já ouviram sobre algum caso de violência nas escolas em que lecionam: 84%. Entre as agressões mais comuns, estão agressão verbal, 74%; bullying, 60%; vandalismo, 53%; e física, 52%.

Para 95% dos docentes, os estudantes são os principais autores dessa violência. Segundo eles, o alunos agressores estão constantemente sob o efeito de drogas, 42%; portando armas brancas, 15%; e até mesmo armamentos de fogo, 3%. Três a cada 10 profissionais do ensino já presenciaram tráfico de drogas ou alunos embriagados.

As ameaças e os bens danificados pelo corpo discente são tão frequentes que 39% dos docentes acham comum vivenciar essas situações. Para eles, a falta de educação e de respeito dos alunos é a principal causa da violência nas escolas e os pais são quem melhor podem colaborar na redução dessa violência.

A enquete concluiu que as escolas apresentando campanha contra a violência têm porcentual menor de agressões: 41% contra 51% onde nunca promoveram campanhas. A cada 10 unidades, quatro não apresentam projetos.

Uma das medidas anunciadas na quarta-feira pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), para coibir ações violentas nas escolas é rejeitada pela maioria dos professores. Atualmente, 1.577 unidades de ensino e 20 sedes de diretorias da Região Metropolitana já têm vigilância. O sistema será expandido para mais 597 escolas e oito regionais até o fim deste ano, segundo o governo. Mas, para só 4% dos docentes, esse sistema de monitoramento reduz de fato a violência. (das agências)

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