Nas 90 questões de ciências humanas, o Enem 2015 abordou um número
grande de pensadores contemporâneos. A célebre frase de Simone de
Beauvoir ("Não se nasce mulher, torna-se mulher") foi citada em uma
questão sobre as lutas feministas da metade do século XX. O educador
brasileiro Paulo Freire também foi tema de uma questão interpretativa
sobre pensamento individual e coletivo. Outro brasileiro que apareceu
nas provas deste ano foi o jornalista e sociólogo Sérgio Buarque de
Holanda.
Dois chargistas do Brasil também tiveram suas obras usadas como
inspiração para questões. Uma charge do escritor e cartunista Ziraldo
publicada em 1974 apareceu no Enem 2015 para ilustrar uma pergunta sobre
o endividamento no período da ditadura militar no Brasil. Já o
cartunista Amarildo teve uma charge como parte de uma questão sobre
agrotóxicos no Brasil.
Entre os pensadores estrangeiros está Friedrich Nietzsche. Na questão
que pediu conhecimentos sobre o filósofo alemão, o Enem perguntou sobre
sua interpretação da filosofia grega. Outro alemão que apareceu na prova
foi Max Weber.
Nas questões de história, o Enem abordou a crise imobiliária dos
Estados Unidos de 2007, a economia chinesa e a posição da África no
cenário mundial. Também caíram assuntos da atualidade, como as
consequências dos ataques do Estado Islâmico a patrimônios históricos no
Oriente Médio e a preocupação dos países com a segurança de dados, em
relação à espionagem americana.
Além disso, houve questões envolvendo a Idade Média e o Descobrimento do Brasil.
Apesar da pouca prevalência, a prova de ciências humanas também pediu
pelo menos dois mapas. Porém, não exigiu muito conteúdo prévio: era
possível encontrar as respostas fazendo a leitura das imagens. Outro
tópico mencionado no exame foi a crise hídrica em Minas Gerais – a
questão relacionava-se à importância das veredas para o equilíbrio
ecológico.
http://g1.globo.com/educacao/enem/2015
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