quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ato contra o aumento dos parlamentares marca a unidade classista no Ceará

Escrito por Helena Martins
Qua, 02 de Fevereiro de 2011 10:46

Barrar o aumento dos parlamentares e avançar nas lutas: estas foram as palavras de ordem entoadas, na manhã desta terça-feira, dia 1°de fevereiro, em frente à Assembleia Legislativa. Enquanto os parlamentares tomavam posse, cerca de 100 militantes dos partidos da Frente de Esquerda Socialista (PSOL, PSTU e PCB), CSP-Conlutas, Intersindical e outros sindicatos de categorias, assim como o DCE da UFC e a Assembleia dos Estudantes Livres, ocuparam as escadarias que davam acesso à galeria do que deveria ser a "casa do povo".
Além das palavras de ordem, faixas denunciavam a ilegalidade e a imoralidade do aumento auto-concedido pelos parlamentares, comparando-o com o irrisório aumento no salário mínimo e propondo que o salário parlamentar seja proporcional ao dos servidores públicos. As seguidas falas dos militantes convergiram em pontos comuns: barrar o aumento parlamentar e reforçar as lutas por melhores condições para os trabalhadores; reforçar a importância das lutas unitárias da esquerda socialista e a solidariedade aos crescentes levantes no mundo árabe, como os da Tunísia e Egito.
O aumento de 61,7% no salário de parlamentares, presidente, vice-presidente e ministros de Estado foi aprovado, no dia quinze de dezembro de 2010, pela Câmara Federal. Na ocasião, somente os três parlamentares do PSOL votaram contra o aumento. Além do plano federal, tanto nos estados como nos municípios os parlamentares votaram pelo aumento nas mesmas proporções. Em Fortaleza, a vereadora do PSOL, Toinha Rocha, foi a única que votou contra o reajuste. Através de uma representação junto ao ministério público, acionada pelo PSOL, o reajuste não foi concedido, ao menos no plano municipal.
Além da conquista em Fortaleza, o PSTU entrou com uma ação popular nacional contra o famigerado aumento e o PSOL, em breve, deverá entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal. Apesar de possíveis vitórias no âmbito jurídico, os manifestantes destacaram que reais conquistas para os trabalhadores só serão possíveis com a ação organizada nas ruas.
Por: Livino Neto

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