sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Diocese de Itapipoca] Católicos desconhecem ação da Igreja no meio do povo!

Católicos desconhecem ação da Igreja no meio do povo

A grande maioria dos católicos não conhece o trabalho pastoral da igreja. Você sabe a diferença entre Pastoral da Criança e Pastoral do Menor? Entende a dimensão do trabalho da Cáritas? A partir desta edição, a Folha Diocesana vai enfocar um movimento ou Pastoral da Igreja Católica no Brasil, ajudando os nossos leitores a entender como funcionam essas instituições cuja proposta principal é ser uma ação da igreja no meio do povo. Até por uma ordem de tempo, estamos iniciando nossa matéria sobre a Cáritas, que desenvolve projetos na Diocese de Itapipoca desde 1976, e hoje centra seu foco em três projetos, buscando a transformação da realidade comunitária junto ao nosso povo mais necessitado: P1+2, BNB Regional, Miserior. Quando o Papa João Paulo II estabeleceu o estatuto da Cáritas Internacional, em setembro de 2007, partiu da memória da Última Ceia, quando o Cristo resume a ideia dos mandamentos em uma única proposta de amor: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, assim que você deve amar" (João 13:34). Esta é a essência da ação da Cáritas, levar aos seres humanos que atravessam momentos difíceis a caridade cristã, ou seja, o amor em ação concreta. Cáritas é a raiz da palavra caridade, a verdadeira caridade que reúne em si o amor e o cuidado. Um amor paterno-maternal que cuida de cada um como filho, diante de sua necessidade. Embora não nos pareça, nem seja fácil viver esse amor praticado pelo Cristo, a missão da Cáritas é persegui-lo, testemunhar este amor, da melhor maneira possível. Daí sua definição afirmar que a missão da Cáritas é “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e promovendo a vida e participando da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural, junto com as pessoas em situação de exclusão social”. Esta ação se torna mais evidente em momentos difíceis, como nas tragédias (quem não sabe que a Cáritas está atuando junto aos desabrigados do Sudeste?) ou junto às populações mais excluídas. Criada em 1897 na Alemanha, como uma ação nacional, foi instituída também em outros países, e, em 1950, o Papa Pio XII vislumbrou sua organização em termos internacionais, atuando em todo o mundo e possibilitando aos homens de boa vontade se fazerem chegar até os mais necessitados, mesmo que estivessem longe. As Cáritas Nacional e Diocesanas continuam tendo sua personalidade e ação independente, mas passaram a ter uma ligação que a universaliza. E em reconhecimento ao papel eclesial da Cáritas foi que João Paulo II a institucionalizou, ou seja, deu-lhe um estatuto canônico, com sede em Roma e cujas alterações estatutárias devem ter a ratificação do Papa. No Brasil, a Cáritas atua diretamente ligada à CNBB em termos nacionais e a cada Diocese em termos locais. De forma mais abrangente, as propostas da Cáritas são: defender a vida promovendo a luta pelos direitos em plenitude. Para tanto procurar preparar as pessoas e comunidades para o exercício do controle social de políticas públicas e o desenvolvimento solidário e sustentável. Daí transformar as teses em projetos cujos resultados práticos se fazem ver e não raro provam – como é o caso das cisternas de placas – que as soluções simples são quase sempre as mais importantes para a vida das pessoas, pois as têm como foco central.

Cáritas de Itapipoca dá dimensão maior a três projetos 

Hoje a Cáritas Diocesana de Itapipoca dá dimensão prática maior a três projetos e isso não diminui em nada a importância de outros tantos que ela já realizou ao longo de sua atuação em vários projetos alternativos de convivência com a seca, por exemplo.
O projeto P1+2, que a Cáritas desenvolve hoje, é um amadurecimento da proposta Por um milhão de cisternas, que veio a se constituir numa política pública e hoje está sendo gerenciado pelo Governo. A cisterna do primeiro projeto propõe a capitação de água da chuva para famílias da área rural onde não há fontes permanentes d’água. As cisternas de 16 mil litros captam água no período invernoso, possibilitando à família uma fonte para consumo humano e necessidades caseiras durante todo o ano. O P1+ 2 é uma extensão de benefícios para quem já dispõe da cisterna de 16 mil litros e busca uma segunda fonte, que vai possibilitar um abastecimento para um pomar produtivo, uma horta ou o criatório de pequenos animais. Na Diocese de Itapipoca, a Cáritas está viabilizando a construção de 71 cisternas do tipo “calçadão”, neste projeto atual. A divisão territorial é de comunidades em Pentecoste (Arisco Matias, Calumbi, Enxú, Serrote Branco) e seis em Itapajé (Mucambo, Ação, Pedra D’água, Paraíso, Salitre, Vila Paulo). Com uma segunda fonte, as famílias, além de garantia de água potável para o consumo pessoal, passam a desenvolver uma atividade para o sustento de suas necessidades básicas. Já o projeto BNB Regional vem sendo desenvolvido nos municípios de: Trairi (Urubu, Riachão, Riacho do Meio, Seridó, Cascudo), Tururu (Roncador e Leão) e Itapipoca (Itacoatiara e Escalvado), com financiamento de dez quintais produtivos para agricultores e juventude; um sistema agroflorestal; ações de formação audiovisual para jovens e a realização de uma feira regional de Economia Solidária. O Projeto Misereor realiza formação em Políticas Públicas, Economia Popular Solidária, Convivência com o Semi-árido. 

Fonte: http://www.diocesedeitapipoca.org.br

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