sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Como a escola pode utilizar este tempo dos professores para apoiá-los no processo de qualificação da prática pedagógica?

  As denominadas horas-atividade dos professores devem ser desenvolvidas na escola e servir para a realização de planejamento, para o desenvolvimento de itinerários formativos na própria escola, para elaboração de atividades didáticas, sempre de acordo com as necessidades definidas no Projeto Político Pedagógico (PPP) ou de acordo com as orientações do núcleo gestor da escola, visando sempre o aperfeiçoamento da prática pedagógica do professor.
 
   Estas horas-atividade podem ser momentos individuais ou acompanhadas pelos profissionais que atuam no suporte pedagógico à sala de aula, como coordenadores escolares, professores coordenadores de área (PCA), professores coordenadores dos laboratórios de informática e de ciências, regente do centro de multimeios, diretor de turma. Afinal de contas, este suporte foi constituído na rede estadual para apoiar os docentes no melhoramento das condições didáticas para o melhor aproveitamento das atividades escolares. 

  Impreterivelmente, o suporte pedagógico à sala de aula deve assumir o desafio de qualificar o trabalho docente, potencializando o uso pedagógico dos recursos disponíveis na escola para enriquecer o planejamento, a preparação de atividades suplementares ao livro didático, bem como os instrumentos avaliativos, além de promover a tão almejada integração curricular.
 
    Espera-se que as horas-atividade dos professores sejam bem aproveitadas para termos, enfim, uma condição plena para desenvolver a formação contínua do professor, no exercício da função, na própria escola. Sem dúvida, pesquisadores dos processos de formação de professores indicam a escola como principal locus da formação em exercício. As razões para isso são relativamente claras a medida que no ambiente de trabalho, o contexto é partida, inevitável, das reflexões e estudo de teorias. 

  De todo modo, é importante também levar em consideração as ponderações de Fusari, quando faz a seguinte reflexão:
Se exageros houve nas propostas de formação contínua fora da escola, precisamos agora tomar o cuidado de não correr o risco contrário, pois, dependendo dos objetivos, o ideal é que a formação contínua ocorra num processo articulado fora e dentro da escola. Por outro lado, a prática da formação contínua no cotidiano da escola apresenta muitos pontos positivos, mas, por outro, a saída dos educadores para outros locais formadores também pode ser bastante enriquecedora. (FUSARI, 2007, p. 19)

     Este tempo extraclasse do professor, pode ser usado para permitir a saída do professor da escola, sem prejuízo ao aluno, com o objetivo de participar de encontros formativos em locais indicados pelas coordenadorias regionais. Como medida administrativa orientamos, que as escolas concentrem os tempos dos professores destinados a horas-atividade por área para que os professores possam, primeiro se encontrar na própria escola com tempo para estudarem juntos com seus pares que lecionam disciplinas afins; e segundo, para permitir a organização das formações externas sem provocar prejuízo a rotina de aulas programadas pela escola. 

Como exemplo do que sugerimos anteriormente, podemos citar o seguinte: na terça-feira, os professores da área de linguagens e códigos ficam com o tempo extraclasse convergidos; na quarta-feira, a convergência desse tempo pode ocorrer para os docentes da área de ciências da natureza e assim por diante. Para efeito de organização regional, é prudente que cada CREDE e SEFOR estabeleça essa convergência com o objetivo de viabilizar a realização de formações envolvendo professores de diferentes escolas, de acordo com o plano de formação de professores.

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