quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Apoio do PSOL no segundo turno só será definido nas próximas semanas

Com a derrota Plínio de Arruda Sampaio no primeiro turno da eleição presidencial, o PSOL começa a discutir nos próximos dias qual deverá ser a posição do partido na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Segundo membros do partido, a definição não sairá antes da próxima semana, e dependerá da consulta às bases pelos membros da executiva nacional.
A previsão mais otimista é a de que as gestões comecem a ser feitas entre os próximos dias 13 e 15, em reunião da executiva nacional do partido. A ideia é ouvir as lideranças nos estados, parlamentares e eleitores do PSOL para que uma posição de consenso seja tomada.
Para o deputado Ivan Valente (SP), reeleito na Câmara, um apoio a Serra está praticamente descartado. Na avaliação dele, nenhuma corrente dentro do PSOL avalizará “as políticas privatistas” do campo DEM-PSDB. Valente citou ainda a existência de correntes que defendem o voto nulo e em Dilma, mas “só se o PT apresentar algum grau de compromisso com políticas de esquerda”.
Hoje, Plínio usou seu perfil no Twitter para estimular os eleitores a opinarem sobre o processo. “Estou começando a receber as sugestões do segundo turno, Vou dar um ou dois dias para somar tudo”, escreveu o socialista. Por volta das 13 horas de hoje, o resultado favorecia o voto nulo: “Até agora o resultado da enquete é: Nulo 26; Dilma 16 e Serra 11. Mas tem ainda muita água para correr nesses dois dias.” Segundo um membro da executiva do PSOL, o resultado da enquete contará para a consolidação de uma posição.
A avaliação é de que, embora tenha se mantido praticamente com o mesmo tamanho de 2006, o PSOL teve desempenho importante nas eleições estaduais, como no Distrito Federal, onde o candidato Toninho do PSOL teve mais de 14% dos votos. Para os socialistas, o papel desempenhado por Plínio, que obteve menos de 1% dos votos, também não deve ser desprezado. Para Valente, “o prestígio e capacidade de influenciar o debate” do candidato “não se refletiu nos números” finais da eleição. “Ele foi vítima do voto útil”, analisou.
Segundo Valente, o partido sofreu derrotas importantes, com a de Heloisa Helena na disputa pelo Senado em Alagoas, e a de Luciana Genro, pela Câmara no Rio Grande do Sul. Ainda assim, ele avalia que o partido saiu fortalecido do pleito de ontem, uma vez que manteve suas as bancadas de deputados federais e estaduais e ampliou seu tamanho no Senado. Para ele, Luciana Genro não se elegeu, apesar dos mais de 100 mil votos, por conta do coeficiente partidário.


Fonte: André Mascarenhas 04.outubro.2010 18:22:48

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