Já está se aproximando o dia em que será realizada a 15ª Romaria da Terra. No dia 7 de agosto próximo, aqui, em Itapipoca, estarão representantes de todas as Dioceses do Ceará, em romaria, para juntos expressarem a nossa fé e a nossa esperança na busca de mais justiça, paz e vida plena para todos.
A Romaria da Terra é uma promoção da Comissão Pastoral da Terra (CPT), sempre em parceria com uma das Dioceses do Regional, no caso, neste ano, com a nossa Diocese. Ela é realizada de dois em dois anos e mobiliza um grande número de romeiros, em torno de dez mil.
A Romaria da Terra se propõe a fazer memória da vida e da luta dos mártires da caminhada, lutadores e lutadoras do povo, que derramaram seu sangue e deram suas vidas na luta por terra e água, a fim de que todos e todas tenham vida com dignidade. Pretende, ainda, ser momento de fortalecimento das lutas camponesas, indígenas e quilombolas, bem como de denúncia dos impactos negativos sobre os povos nativos e tradicionais causados pelo uso de agrotóxicos, pela concentração de terra, dificuldade de acesso à água de qualidade, mineração, especulação fundiária, construção de grandes barragens e canais, assim como tantos outros projetos do grande capital.
Neste tempo de preparação nas comunidades e durante a Romaria, queremos:
– Lembrar o martírio de camponeses e camponesas que tombaram na luta por terra e vida dignas;
– Denunciar os impactos provocados pela implantação dos grandes projetos no Ceará;
– Contribuir no processo de fortalecimento das comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas;
– Celebrar e tornar visível as conquistas na luta por terra, água e dignidade;
– Fortalecer a religiosidade popular e romeira, raiz profunda do povo cearense.
(Texto da 15ª Romaria da Terra – CPT)
De modo particular, em nossa Diocese, queremos celebrar as conquistas em relação à terra, com a instalação de inúmeros assentamentos, favorecendo às famílias a sua fixação à terra e a própria subsistência. Vamos, também, fazer memória dos nossos mártires da terra e ver como enfrentar os conflitos de terra ainda existentes no território de nossa Diocese.
“A Igreja no Brasil sabe que ‘nossos povos não querem andar pelas sombras da morte. Têm sede de vida e felicidade em Cristo. Por isso, proclama com vigor que as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor, contradizem o projeto do Pai e desafiam os discípulos missionários a maior compromisso a favor da cultura da vida.” (DGAE, nº 66)
Vamos todos nos preparar bem pela oração e reflexão para que a 15ª Romaria da Terra possa ser uma oportunidade de crescermos em nosso compromisso de promover e defender a vida.
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