O mês de agosto é popularmente conhecido como o mês do desgosto, ou do azar. Mas você sabe por quê? Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. Porque, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar.
As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.
Na Alemanha, entretanto, as mulheres não acreditam no poder mágico da superstição. Enquanto em muitos países maio é o mês das noivas, lá as moças sonham casar no mês de agosto. Na Argentina, não é aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto. Quem lava a cabeça em agosto está chamando a morte.
A verdade é que a crença popular de que agosto é o mês de desgosto não é somente um ditado popular que rima; é, também, uma superstição internacional de grande aceitação entre nós, principalmente na zona rural do país, destacando-se, de modo muito particular, em todo o Nordeste, onde o processo de colonização foi homogeneamente português.
Mas, apesar de muita gente se dizer incrédulo nos azares próprios do mês de agosto, muitos não se casam, não se mudam, não viajam e não fazem negócios em agosto. A verdade é que as pessoas – acreditando ou não – preferem não brincar com o mágico, com as coisas do sobrenatural.
Existem muitos registros históricos de desastres e outros fatos ruins ocorridos durante o mês de agosto. Conheça algumas dessas datas:
No dia 24 de agosto de 1572 Catarina de Medici ordenou o massacre de São Bartolomeu, que ceifou milhares de vidas.
No dia 14 de agosto de 1831 os poloneses foram vencidos pelos russos na chamada revolta de Varsóvia e muita gente morreu sonhando com a liberdade.
No dia 14 de agosto de 1844 a França invadiu Marrocos.
No dia 11 de agosto de 1863 a França dominou o Cambodja.
Na cidade de Nova York, no dia 6 de agosto de 1890, o primeiro homem foi eletrocutado numa cadeira elétrica, como se o governo americano, arvorando-se em defensor de sua sociedade, achasse justo tirar a vida de um homem que tirou a vida de outro, isto é, fazendo a mesma coisa.
Em 24 de agosto de 1910, o Japão invadiu a Coréia, às custas de muito sangue, de muitas lágrimas.
No dia 1º de agosto de 1914 começou a 1ª Grande Guerra Mundial.
A Itália se apoderou, pela força das armas, da ilha de Corfu no dia 27 de agosto de 1923.
Com a morte de Hinderiburgo ocorrida no dia 2 de agosto de 1932, Hitler assume o governo da Alemanha.
A cidade de Pequim é invadida pelos japoneses no dia 8 de agosto de 1937.
Não satisfeitos com milhões de vítimas causadas pela I Grande Guerra Mundial iniciada no dia 1º de agosto de 1914, os homens iniciam a II Grande Guerra Mundial em agosto de 1939.
Mais de duzentas mil pessoas morreram nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, quando as cidades de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica, deixadas cair pelos pilotos Thomas Ferrebre e W. Copoeland.
No dia 13 de agosto de 1961 foi iniciada a construção de um muro, em Berlim, depois mais conhecido como o Muro da Vergonha.
O Paquistão e a Índia começaram a lutar no dia 25 de agosto de 1965.
O Exército Vermelho invadiu a Tchecoslováquia no dia 21 de agosto de 1968.
Na Irlanda do Norte, no dia 12 de agosto de 1968, católicos e protestantes começaram a se matar em nome de Deus.
No dia 8 de agosto de 1974 Richard Nixon renunciou à presidência dos Estados Unidos, em conseqüência dos escândalos de Watergate.
Em agosto de 1943 o navio “Cidade de São Paulo” chocou-se com uma das alas da Escola Naval. Dezoito pessoas morreram, inclusive Dom José da Afonseca e Silva, arcebispo de São Paulo, além de muitos feridos.
Durante o mês de agosto de 1952 caiu um DC-3 em Goiás, matando vinte e quatro pessoas e, em São Paulo, caiu um avião President com um saldo de quarenta e seis mortos e trinta feridos.
Em agosto de 1963 dez pessoas morreram em conseqüência de um choque entre aviões da Força Aérea Brasileira, em Viçosa, Alagoas.
Um DC-8, no dia 21 de agosto de 1963, quando tentava vôo com destino à Europa, caiu no Galeão matando doze pessoas.
No dia 4 de agosto de 1963 dois aviões de treinamento da FAB se chocaram em Jacarepaguá ocasionando a morte de seis aspirantes da Aeronáutica.
Em agosto de 1965, um avião da TAP caiu em Cuiabá, fazendo oito vítimas.
Em agosto de 1965 o navio “Duque de Caxias” pegou fogo em Cabo Frio, quando trinta pessoas perderam a vida.
Em agosto de 1955 cinco pessoas morreram no incêndio da boate Vogue, dentre elas o cantor americano Warren Hayes.
Em agosto de 1958, uma violenta explosão seguida de um pavoroso incêndio, num paiol de pólvora do Exército em Marechal Deodoro, matou dezenas de pessoas, deixando milhares de desabrigados.
Em agosto de 1959, um incêndio que destruiu uma fábrica de tintas, no Rio de Janeiro, fez cinco vítimas, entre as quais três bombeiros.
Como resultado de uma crise política que assolou o país, suicidou-se, às 08:30 horas do dia 24 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, o então presidente da República Getúlio Vargas, renunciando, assim, não somente à presidência da República como também à vida.Forças estranhas fizeram com que o presidente Jânio Quadros renunciasse à presidência da República no dia 25 de agosto de 1961.
Vítima de um desastre automobilístico, Juscelino Kubitscheck faleceu no dia 22 de agosto de 1976
http://www.brasilcultura.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário